Nasci em uma cidadezinha do interior em uma família tradicional católica. Sou engenheira, 24 anos, e sempre fui muito ligada a Deus. Desde pequena participei de grupos de oração e acabei descobrindo meus dons para música nos ministérios.
Minha fé me ajudou muito, principalmente porque perdi meu pai muito cedo, aos 10 anos. Talvez por ter tido uma infância difícil, para mim era complicado me envolver com alguém. Eu não conseguia gostar dos poucos rapazes com quem me envolvi. Alguns gostaram muito de mim, mas eu não conseguia corresponder. Inventei uma paixãozinha por um amigo, que nunca gostou de mim. Vi ali um bom motivo para explicar o porquê de estar sozinha. Eu não era correspondida.
Confesso que minha autoestima também não era muito grande, nem minha vaidade. Minhas amigas de infância muitas vezes me fizeram sentir como o patinho feito da turma, mas isso mudou quando entrei na faculdade. Conheci pessoas novas, com quem fiz amizade e elas eram bem parecias comigo. Minha vida social deu um grande salto.
Minha família continuava questionando por que eu ainda estava solteira, ao contrário da minha irmã, que era muito vaidosa e sempre estava namorando. Minha mãe dizia que eu “estava estudando muito”. No início da faculdade, fiquei muito próxima de uma amiga, mas ela acabou deixando o curso após os primeiros seis meses. A nossa relação foi ótim. Eu fazia de tudo para agradá-la e sem nenhuma outra intenção. Minha mãe se irritava com a nossa amizade. Como sofri com a saída dela. Eu gostava tanto daquela menina que quando ela decidiu deixar o curso, mesmo tendo consciência do meu sofrimento, rezei uma semana inteira para que ela passasse. Ajoelhei mesmo e pedi, como nunca havia pedido nada a Deus. E ela conseguiu, por merecimento. Perdemos o vínculo.
Fiz uma outra amizade que acabou mexendo demais comigo. Nos aproximamos muito e eu comecei a cuidar dela exageradamente. Éramos muito parecidas. Mas, novamente, a vida a tirou de perto de mim. Ela foi para o exterior fazer intercâmbio e eu fiquei extremamente feliz por sua conquista. Ela nunca soube, mas eu chorei quase todos os dias pela falta que ela me fez. Que dor. A gente se falou muito por Skype, mas não era a mesma coisa. Fui me afastando aos poucos e o sentimento se transformou. Permaneceu a amizade verdadeira.
Até então eu nunca havia questionado a minha sexualidade. Cresci ouvindo que se tratava de um pecado enorme. Então sempre acreditei que o meu coração estava apenas gelado e tudo poderia ser carência. Eu estava à espera de algo que me fizesse sentir mais viva. Pedia a Deus para me enviar alguém para caminhar comigo, mas eu enfatizava muito bem que eu queria alguém que eu amasse. Estranho, não é? Geralmente as pessoas pedem alguém que as ame. Eu queria conseguir amar.
Voltei para a Igreja e para o ministério de música. Antes de entrar, comecei a assistir os vídeos de alguns integrantes do grupo e uma moça em especial me encantou. Era miudinha, mas quando abria a boca para cantar era impressionante. Caramba! Pensei que valia a pena entrar no grupo. Eles têm potencial. Depois de alguns meses, me tornei coordenadora do ministério. E a tal moça se tornou a minha mais nova “melhor amiga”. Eu tinha o maior cuidado do mundo com ela. Era o ombro amigo. Fui conquistando a confiança dela e percebi o quanto ela tinha o coração bom. Bondosa, caridosa e sensata. Ficamos inseparáveis.
Eu estava no último semestre de graduação e ela foi uma base, uma força, uma motivação. Conversávamos dia e noite no celular. Mandávamos áudio cantando uma pra outra. Eu saía da universidade e passava direto na casa dela para ter aquele abraço que preenchia meu coração de vontade de viver. E existia uma correspondência sem igual. Era o sentimento mais puro possível. Não havia maldade. Nossas conversas se tornaram cada vez mais frequentes e ficávamos horas conversando no carro, sem vontade de deixar a outra ir.
Mas minha amiga também era uma moça depressiva. Da mesma forma que eu, ela vem de uma família extremamente tradicional e religiosa. O pai acredita que sua filosofia de criar os filhos é a melhor e incontestável. Ela não tinha permissão para sair para nada. Aquilo a machucava demais. A família a conhecia muito pouco. Não sabiam seus sonhos, seus gostos. Ela mesmo não os conhecia. Ela só aceitava tudo de cabeça baixa. Dizia ter criado um mundo fantasioso em sua imaginação e vivia nele para fugir da realidade.
Passávamos horas deitadas uma no colo da outra, só nos olhando e, por vezes, enxugando as lágrimas que surgiam. E aos poucos as famosas borboletas começaram a surgir. Eu sei que ela começou a ficar confusa com tudo isso. E eu também.
Em um encontro de jovens que organizamos, precisávamos dormir todos juntos em uma chácara. Nosso quarto estava com seis meninas. Deitamos uma do lado da outra. Ela deitou e logo foi pra longe de mim. Estranhe e a chamei: “Ei, vem cá, deixa eu te abraçar”. Ela chegou mais perto, então pude passar o braço em sua cintura. Estava no melhor lugar do mundo. O tempo poderia parar. Meio sem jeito, sem saber direito onde colocar os braços, me ajeitei e ali ficamos. Até que ela decidiu se virar para me olhar. Nosso olhar dizia tanta coisa, tinha tanta dor. Nos conhecíamos como ninguém. E mesmo naquela escuridão, eu podia ver o brilho nos seus olhos, tentando entender aquele sentimento. Sem saber por que os nossos corações batiam forte. A peguei chorando durante a noite. Não dormimos. Viramos de várias formas, mas não dava. Queríamos aproveitar o momento raro que tínhamos ali.
Estávamos vivendo um drama. Nós mesmas víamos que aquilo estava exagerado, mas quem dizia que conseguíamos nos afastar? Doía pensar em qualquer coisa do tipo, uma precisava da outra, estar perto e ter que nos conter, sem poder tocá-la ou acariciá-la era uma tortura. Brigamos várias vezes por isso, uma cobrava muita atenção da outra. Os outros amigos em comum não entendiam o que acontecia. Combinávamos sempre de rezar, com a esperança de ver aquilo “melhorar”. E a família dela já começava a me olhar torto. Um dia a mãe dela ficou nos espiando na frente de sua casa pelo buraquinho do portão e a viu passar a mão em minha barriga, brincando. Quando ela entrou em casa foi jogada na parede. A mãe questionava o carinho comigo que não existia com eles em casa. Ela demorou semanas para me contar isso, porque não quis me atrapalhar durante a entrega do meu TCC. Sofreu sozinha com tamanha acusação. Imagino que a família disse várias outras coisas que não sei até hoje. Ela havia tido somente um namoradinho de infância, que nunca nem chegou a ficar direito, pois era insegura, devido à criação fechada. Ele a abandonou, afinal ele queria ter algo a mais e ela não correspondia, o que partiu seu coração. Isso era mais um motivo pelo qual eu me aproximei tanto, pois ela guardava muitas feridas como esta e eu quis tentar ajudá-la, era frequente sua vontade de sumir, morrer ou qualquer coisa do tipo, o que para mim era terrível.
Minha colação de grau chegou e ela fez uma faixa linda pra mim, junto com um amigo nosso, que tinha um “carinho” grande por mim. Eu adorei. Nunca vou esquecer, vê-la entrando naquele lugar. Mas esse tal amigo se tornou o outro personagem dessa história. Ele também era do ministério de música e gostava de mim. Minha família começou a perceber o interesse do tal rapaz e me vi encurralada. Contei para a ela sobre isso e a vi emburrada por uma semana.
Eu não parava de sonhar com ela. Mas pensava que era abuso da minha parte. Um assédio quase. Por vezes ela me beijava no rosto e eu tentava facilitar, mas ela não tomava a frente e eu pensava que jamais o faria, pois seria um absurdo. Mas um dia, em meio àquela loucura interior, decidi que descobriria se ela queria a mesma coisa. Meus pais foram viajar e eu ficaria sozinha em casa. A chamei, mas o pai dela não deixou. Bebi umas cinco cervejas. Saí à noite para levar minha cachorrinha e parei na casa dela. Ela não percebeu logo de cara que eu estava alterada. Sentamos em frente à casa dela e ficamos brincando com a cachorra. Ela chegou bem perto do meu rosto, foi quando sentiu o cheiro do álcool e percebeu o quanto eu estava me segurando para não fazer o que meu coração desejava ali mesmo.Eu fechei o pulso com toda força, me contendo, ela pegou na minha mão e me olhou, tentando compreender. Acho que ficou muito claro o quanto estávamos sofrendo. Fui embora rapidamente e tentei esquecer tudo aquilo.
Foi então que eu cometi meu maior erro. O erro de envolver mais alguém nessa minha vida confusa. Era claro que eu precisava de alguém, e nosso amigo era uma pessoa muito agradável. Foi quando fui atrás dele por uns dias e começamos a ficar, o que da parte dele já foi o início do namoro. Não vou ser hipócrita a ponto de dizer que não foi bom. Ele caiu como uma luva e eu gostava sim dele, mas é óbvio que não era o mesmo sentimento. Começamos a namorar e consequentemente fui me afastando um pouco dela, o que a deixou muito mal.
Foi então que me dei conta. Eu realmente a amava. Decidi contar a ela meus sentimentos, mesmo namorando, para resolvermos aquilo juntas. Disse a ela que talvez fosse melhor nos afastarmos e que eu a amava de forma intensa e a desejava muito, mas não sabia o que fazer com tudo aquilo. Meu namorado não entendia o porquê tantas vezes eu estava tão estranha, distante, fria.
Em meio a isso, ela começou a ficar doente, além de estar extremamente magra. Tal situação estava me matando e a vontade dela era somente morrer. Recebi a notícia de que eu havia sido aprovada em dois mestrados. Aceitei ir embora. Ela sofreu demais com a notícia da minha partida, mas me apoiou muito.
Antes de partir, enquanto estávamos em casa sozinhas vendo TV não consegui me controlar e me aproximei. Foi quase, quase o primeiro beijo. Mas ela se afastou e disse a frase que cortou meu coração ao meio: “Eu não te amo assim”. Meu Deus, o que eu estava fazendo? Não acreditava ao mesmo tempo que ela não quisesse, pois tudo indicava que o sentimento era o mesmo.
A situação voltou a acontecer em outro dia e demos um beijo rápido – vindo mais da parte dela do que da minha. Nem pude sentir direito seus lábios. Logo nos largamos e ela teve de ir embora. Passando isso, ela declarou sentir o mesmo por mim e afirmou que esse sentimento vinha de muito tempo. O que ela havia falado da outra vez era uma fuga.
As datas festivas passaram – Natal e Ano Novo – e o nosso drama continuou. Minha mãe sempre fazia comentários do tipo: “Você parece se importar mais com ela do que com seu namorado”. Aquilo era a morte pra mim. Se ela descobrisse, me condenaria mais.
Mas não conseguimos parar. Como presente, ela pediu que eu tirasse no violão a música Give me love, do Ed Sheeran. Um dia, na minha casa, fomos para o meu quarto e ficamos um tempo cantando a música. Como sempre fazíamos, ela deitou no meu colo e a fiquei admirando por um tempo, acariciando seu rosto. Eu estava me segurando, mas talvez o vinho tenha me ajudado a tomar a decisão mais louca que eu podia ter tido. Beijei-a na testa, em seguida no nariz, na bochecha, no canto da boca e nisso as borboletas já estavam quase me levantando, meu coração parecia querer sair de dentro de mim. Beijei-a de verdade nos lábios. Devagar e de forma intensa. Tive o sentimento que eu tanto sonhara e a certeza de estar beijando alguém que realmente amava de verdade. Eu já não podia mais parar. Ela somente ficou sentindo o beijo por um tempo e começou a me corresponder. Que beijo maravilhoso. Ficamos por um bom tempo aquela noite até ela ir embora. Ela chorou de emoção com tudo aquilo e me beijava desesperadamente, não parecia se importar com mais nada no mundo. O tempo havia parado.
Ao mesmo tempo eu me culpava demais. Ela nunca havia beijado ninguém daquela forma. Quem era eu para fazer aquilo? Tirar a pureza daquela boca linda, daquela moça inocente? E meu namorado? Eu o estava traindo. Meu namoro começou a virar um inferno e eu não sabia o que fazer.
Então chegou uma boa notícia. Ela passou no vestibular. Que alegria, meu Deus. Eu rezei tanto por aquilo, ela se esforçou tanto. Que orgulho senti. Queria beijá-la com todo o meu amor, mas não pude, pois estava na casa dela. Ela começou o curso e, por vezes, brigávamos. Tentávamos nos afastar e parar com tudo, mas era impossível. E ela só foi perdendo peso, foi ficando mais doente e depressiva. A família não a levou a um psicólogo ou ao médico para ver o motivo da magreza e das dores abdominais.
E agora eu estava longe e, ao contrário do que eu imaginava, tudo se potencializou. Eu estava morando sozinha e a saudade me matava. Eu não sentia saudades do meu namorado, somente dela. Fui vendo que não tinha outra escolha, a não ser terminar o namoro. Eu sinto tanto por ter feito isso com ele. Realmente, ele é uma pessoa incrível. Mas eu não conseguia corresponder.
Ao mesmo tempo que terminei o namoro, o médicos descobriram os motivos das dores abdominais dela. Era uma endometriose avançada e um cisto do tamanho de uma laranja no ovário. Ela estava passando mal constantemente, não comia direito e o pai ameaçava trancar a faculdade, que era seu sonho. Quando eu voltava para casa, a cada 15 dias, tentava sempre visitá-la.
Ela então desapareceu do WhatsApp. Entrei em crise, sem saber o que tinha acontecido. Imaginei que os pais dela pegaram o celular. E foi exatamente o que aconteceu. Ela mandou um e-mail dizendo que o pai a havia proibido de usar a internet. Ou seja, queriam afastá-la de mim.
Quando voltei para casa, minha mãe e meu padrasto disseram que precisávamos conversar. Então meu mundo veio ao chão. Os pais dela tiveram acesso às nossas mensagem e ela não teve como negar. Confirmou que tínhamos um relacionamento. A reação deles foi ir até a minha casa e jogar essa bomba nas mãos dos meus pais. As afirmações deles foram: “Sua filha é problemática, se aproveitou de nossa filha, por não ter pai, e, ela por ser muito boa a acolheu. Ela ficou depressiva depois que a conheceu, só definhou por ter essa amizade. Em nossa casa está tudo certo, ela já se arrependeu, nos pediu perdão e perdão a Deus. Agora resolvam vocês com sua filha.”
Confirmei tudo, tentei explicar o que sentia, mas nesse ponto não haveria uma pessoa no mundo que conseguiria compreender nossa situação. Meu mundo caiu completamente. Minha mãe só sabia chorar quando falávamos sobre isso. Ela chegou a dizer que aquilo era pecado e não era de Deus, e tudo tinha sido uma provação, mas se eu decidisse por isso, ela tentaria entender. Só não poderíamos expor para toda a família. Ela tinha vergonha de mim.
Fui tentando focar nos meus estudos e comecei a ficar totalmente descontrolada. Eu que era tão forte, tão racional, me vi sozinha e perdida. Nas minhas férias, depois de quase cinco meses sem vê-la, decidi ir atrás dela na faculdade. Quando ela me viu ficou extasiada e me abraçou tão forte, sem acreditar que eu estava lá. Eu estava fora de mim, não sabia como reagir, o que dizer. Pedi perdão por ter causado tantos problemas. Ela disse que prometera para o pai que não teria contato comigo e se sentia extremamente culpada em mentir para ele. Ela pediu várias vezes pra que eu ficasse bem, que a gente cumprisse nossa promessa de nunca fazer mal para nós mesmas. Eu não sabia falar nada, perdi minhas palavras. Eu precisava ir embora e ela para a aula. Ela disse que precisaria contar ao pai do nosso encontro, pois não podia mentir mais pra ele. Eu achei que seria bom e falei que gostaria de conversar com ele. Nos despedimos com um abraço caloroso e um “eu te amo” ainda mais sofrido. Contei para minha mãe e ela ficou sem saber o que dizer. Falou apenas que imaginava que eu faria isso.
Dois dias depois fui vê-la novamente na faculdade, com hora marcada. Cheguei muito nervosa, ela estava demorando. Veio sozinha, já me abraçando e chorando. Disse que tínhamos apenas alguns minutos. O pai estava lá e tinha nos dado um tempo para conversarmos. Fiquei até sem ar. O que eu falaria pra ele?
Antes da chegada dele, ela disse que quando tudo desabou esperava que eu aparecesse, fosse até eles e brigasse por ela. E eu não fiz nada disso, nada. Fiquei muito mal. Ela disse que não se arrependia de ter vivido um amor muito lindo e por me amar muito. Mas se arrependia por que era muito pior não poder me ter na vida dela, mesmo que não tivéssemos nada. Como foi difícil.
Vi o pai dela se aproximando. Levantei e o cumprimentei. Disse que deveríamos conversar. Ele disse que não tinha nada pra falar, mas na verdade falou bastante. Fez várias afirmações. “Vocês não souberam aproveitar a amizade de vocês. São duas moças inteligentes, de família boa, de Deus, como puderam fazer isso?”. Disse que jamais iria apoiar algo do tipo, era errado. Proibiu qualquer contato e afirmou que se descobrisse, eu nunca mais saberia dela. Mas, como cristão, disse que me perdoava e não guardava rancor. Quando foram embora, desabei ali mesmo, por uns bons minutos, fora de mim. Se eu pudesse desaparecer do mundo, seria ali mesmo.
O acesso à internet foi novamente liberado para ela e conversamos pouquíssimas vezes depois disso. Ela estava péssima, sofrendo muito, e se sentia extremamente culpada por mentir. Então me bloqueou. Perdemos contato. Passei muitas vezes na casa dela, a procurando, buscando em todos os lugares. Cheguei a vê-la de longe algumas vezes. A vi cantando em algumas missas e foi uma tortura sem fim. Eu a perdi.
Ela disse uma vez que Deus tem o plano de me colocar novamente na vida dela, mas não sei se isso vai acontecer. O pai sempre a ameaça. O meu coração está um caos. Não tem um minuto sequer que não penso nela. O meu interior se tornou um monstro. Hoje sou extremamente ansiosa, fria e fechada. Não consigo mais dar andamento às coisas como deveria.
O meu amor nunca diminuiu. Não há como descrever a falta que ela me faz. Sempre olho para a foto dela na minha mesa, para trazê-la um pouco para os meus dias. Aprendi com ela a amar. Ela conseguiu quebrar o gelo que eu sentia dentro de mim.
Hoje questiono muito esse “pecado”. Deus é amor e misericórdia. Tenho certeza que Sua vontade é nossa felicidade, desde que não façamos o mal para consegui-la. Esse amor não me parece mal. Não entendo a ideia de felicidade e paz de uma família quando ela assiste um filho definhar e reprimir todos os seus sentimentos, criando uma situação intragável dentro de casa, onde não há conversa, não se conhece, não se suporta. Não acho que essa seja a família sonhada por Deus, mas sim aquela onde existe amor, fidelidade, transparência e o perdão.
O relato foi elaborado com base em depoimento enviado pela leitora
Olá…me identifico muito com essas histórias…porque vivo algo parecido…esse medo de condenação por parte, principalmente, dos pais …ainda mais porque somos de berço católico. Sou atuante … e simplesmente me apaixonei por uma formanda religiosa…que…com o nosso envolvimento…acabou por deixar o convento. Mantemos nosso amor em segredo ainda, até que eu consiga ser “independente”…para enfim, darmos um passo adiante. Mas, por hora, temos que sofrer a distancia, porque, ela voltou para casa…e moramos em estados diferentes.
Nos falamos todos os dias, mas não é a mesma coisa. Fazemos planos…mas existe aquela ansiedade em saber até quando teremos que esperar. A única coisa que eu tenho a certeza é que por ela eu faria de tudo…nunca tinha tido um sentimento tão forte e intenso, porque sempre me considerei uma pessoa “fria”…ela me trouxe uma liberdade, uma explosão de sensações…e esperamos que Deus tenha misericordia de nós…e não nos condene pelo que sentimos uma pela outra.
A história tem em grande parte a ver com o que aconteceu cmg e com a minha noiva. Achei muito curioso o seu comentário, pq coincidentemente, meu pseudônimo é Gabriela e eu quase achei que era um comentário meu XD. Também sou de família católica e quando era jovem pensei em ser freira, pq eu tmb era assim: fria, racionalizava tudo e vivia muito bem só com as amizades. Além disso, as opções que minha família dava eram: casar e formar família ou ser freira, mas desisti pq não me encantei pela forma de vida das freiras preferia ser padre…kkkkk….mas como não era possível deixei de lado tudo. Meu plano era, estudar muito, trabalhar muito para então poder viajar pelo mundo; seria uma viajante errante e talvez, em uma de minhas viagens, encontrasse a minha alma gêmea que poderia ter nascido em qualquer lugar do planeta. Daí um dia, lendo o livro o segredo, eu fiz um desejo para o universo (como assim eles dizem que vc deve fazer) e desejei uma PESSOA (lembro bem ter dito essa palavra) que me amasse muito e que eu amasse também e pimba, ela apareceu na minha vida. Minha família é muito católica e por mais que eu não pensasse em ser lésbica, eu já tinha concluído que não cabia a mim julgar os homossexuais e logo não tinha qualquer tipo de problema com quem era gay, só não queria ser, mas enfim, aos 21 conheci minha hj noiva. Estamos há 7 anos juntas em um relacionamento escondido. A família dela descobriu uma vez e disse para nos afastarmos ou então eles falariam com a minha mãe. Assim como a moça da história, minha noiva não sabia mentir para a mãe dela e foi bem difícil afirmar que tínhamos terminado, mas esconder tudo, mas ela aprendeu. Teve que aprender. Se não tivesse, acredito que nosso futuro teria sido semelhante ao da história. Foi e ainda é muito difícil viver assim. Tem dias que choro muito por não poder ser eu mesma, por não poder encarar os homens que faltam com respeito com a minha garota na minha frente, mas sabemos que a cada dia estamos mais perto dos nossos sonhos, pois agora que estamos formadas, falta apenas alguns poucos degraus para nossa independência. Consegui um emprego, mas infelizmente só fiquei um ano, no entanto, por causa dele conseguimos fazer nossa primeira viagem juntas e sozinhas em 7 anos de namoro. Às vezes me pego impaciente. Com vontade de jogar tudo pro alto e sair de casa trabalhando em qualquer coisa, só pra ter minha liberdade, mas aí ela vem e me acalma, às vezes é o contrário. Nós sabemos que se formos passar necessidade, por mais que nos amemos, corremos o risco de iniciar uma serie de brigas que podem enfraquecer o nosso relacionamento. Precisamos estar bem, pois sabemos que assim que ficarmos juntas pra sociedade, os problemas financeiros serão os menores problemas que teremos. Então meu conselho a você é: aguente firme e batalhe. Que seu sofrimento seja por você não estar ao lado dela agora e não por que estar ao lado dela se tornou um tormento. Abraço! Força pra nós!
Então esse relato e mesmo verdadeiro?
Preciso muito falar com a moça do conto,e URGENTE,tenho algo muito importante a dizer.
Sim, Karina, todos os relatos são verdadeiros. Mande, por favor, um e-mail para [email protected]. Vou pedir autorização para a dona da história para enviar o contato dela a você.
Até mais!
Podem conversar comigo nesse email: [email protected]
Nossa que história comovente a de vocês! É incrivel como a religião afeta as vidas das pessoas…passei por mal bocados por isso também, mas hoje em dia vivo na paz pq sei que nada tem de errado quando se trata de amor! Agora na sua situação complica por conta do pai dela :/
A situação complica mais pq a garota ainda acha que a vida dela pertence aos pais. Uma coisa é você ser grato e não deixar seus pais perecerem na velhice, outra é permitir que eles comandem sua vida como se você tivesse que ser obrigatoriamente uma cópia melhorada deles e digo melhorada pq às vezes as exigências dos nossos pais são em maioria por conta das coisas nas quais eles erraram quando eram jovens.
Que história linda e ao mesmo tempo triste.As coisas já mudaram muito em relação a sexualidade,mas ainda há muito pra mudar,e o principal é a religião,enquanto não perceberem que Seremos julgados pelos nossos atos,o que fazemos de bom ou ruim,e não pelo que sentimos,ficaremos a mercê das religiões porque a maioria condena o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo por considerarem pecado.Mas tenho fé que isso ainda vai mudar.
Eu não sou homossexual,mas sou bissexual e morro de medo de alguém saber,porque ser bi ainda é mais criticado do que ser homo,porque somos tachados de sem-vergonha.Mas vou seguindo em frente e sempre quando dá procuro conhecer alguém legal que não se importe com esses rótulos.
Linda história, eu realmente me identifiquei muito com a “protagonista” da história… quantas e quantas vezes eu não pedi a Deus por alguém q eu amasse de verdade… e ele me atendeu, me “trolando” mas me atendeu. A minha história de 10 anos já está no blog e por isso não vou entrar em detalhes, mas é incrível como a descrição dessa história se encaixa perfeitamente com a minha… os sentimentos… o primeiro beijo. Infelizmente a parte ruim tb é bem similar a diferença é q eu AINDA não fui descoberta nem pelos meus pais nem pelos pais dela, mas caso isso aconteça, creio q será da mesma forma dessa historia. Força… é só isso q tenho para te dizer… eu sinto a dor q vc sente e sei q nao existe nada no mundo para remediar a não ser a própria pessoa. Tenho certeza que, assim como eu, tudo o que vc queria ouvir é “foda-se tudo eu vou ficar com vc”. Quando a religião esta envolvida a pessoa fica entre o coração e a consciência, pq ela vive numa realidade fantasiosa e realmente crê que vai ser culpada e punida por todo esse amor. Daí vem a bipolaridade… as brigas… a distância… As vezes eu acredito em finais felizes, mas cada dia que passa eu me acho tola por acreditar, talvez eu seja muito romântica. Eu me identifiquei tanto com a sua angustia que da vontade de conversar mais com vc e apoiar, pq sempre precisei de apoio e nunca tive ninguém pra conversar diretamente comigo sobre isso. Não sei q o blog vai permitir, mas deixarei meu e- mail caso vc queira conversar com alguém q passa por praticamente o mesmo que vc. [email protected]
Como alguém pode se dizer cristão, fazendo pessoas sofrerem, sendo que uma dessas pessoas é a própria filha? Cristo nunca pregou o preconceito! Amor é amor, e por favor minha querida, jamais entre nessa de se sentir culpada por amar outra mulher. Desejo de coração que Deus toque o coração desse pai e dessas mães, e os faça compreender que se eles realmente amam suas filhas, devem aceitar o amor entre elas.
Olá, sou a “protagonista” dessa história que o blog reescreveu tão bem aqui.
Muito obrigada pelo apoio, realmente escrevi em meio a uma grande confusão interior. Achei o blog e comecei a ler as outras histórias, principalmente a história de 10 anos, que me inspirou muito. Vi quantas pessoas estão passando pela mesma coisa que eu e se veem perdidas também. Tudo isso mexeu demais comigo e vejo o quanto precisamos de apoio, pois acabamos tomando decisões sérias e que podem refletir pra sempre em nós. As minhas decisões de começar um namoro em meio a isso tudo, e depois vir embora pra uma cidade a mais de 600 km de distância, foram tomadas em grande parte como fuga e busca por uma solução, o que acaba nos enganando e trazendo traumas maiores.
Até agora é isso que tenho, é esse o estado de nossa história, algo inacabado que nos machuca diariamente. Sobrou o amor e a saudade sem fim. Reconheço o erro de ter enganado tantas pessoas, mas não consigo me arrepender completamente, pois o que vivi foi verdadeiro e Deus pode ter concedido o amor que eu pedia. Também estou aguardando o fim desta história e espero não desistir de ver um final feliz, como for. Quero somente que possamos ser felizes e que Deus possa perdoar as nossas falhas.
Sou participante de uma história muito semelhante a tua, fui integrante durante 10 anos de um grupo de oração da Igreja Católica, nesse ínterim conheci uma garota e nos tornamos grandes amigas, contudo, essa amizade tornou-se algo maior, porém, os limites “morais” da religião e principalmente da família dela foram o pivô do nosso afastamento. Quando li o que você passou fui reportada há 8 anos atrás. Caso queira, tenho interesse em conversar com você, tendo em vista que nunca relatei isso para ninguém e acho que você entenderia bem o que eu passei.
Ola vamos fazer um grupo no whats para falar das nossas experiencias e nos ajudar , sou casada e namoro uma amiga também casada , estamos passando uma situação muito difícil ,mas creio que o amor tudo suporta. meu contato
Oi Jhess, pode falar comigo aqui nesse email… [email protected]
Oie! Quero participar do grupo. Me manda seu email que mando meu contato lá o/
Gostaria de participar do grupo tb.
Tenho 46 anos demorei muito para me aceitar, sou Católica também e hoje enxergo com clareza que Jesus me ama e quer que eu seja FELIZ. A Paciência e a chave da felicidade, sei que e difícil qdo se ama, mas vcs vão conseguir concretizar esse AMOR, pois Deus não envia seus filhos ao mundo para fazer escolhas contraria a sua felicidade, ele quer que cada seja FELIZ com a pessoas que o coração escolheu para amar.Um grande abraço!
Olá, sua história é realmente incontestável…. Acho que a melhor coisa a fazer é apresentar estar guerra nas mãos de Deus, onde ele possa lutar por nós… Realmente a nossa luta não é contra carne ou sangue, e sim contra os principados e postestades, contra os dominadores deste mundo…Só Deus pra vencer estar guerra, e devemos apresentar a Ele, crendo que a resposta virar Dele…. As vezes ficamos achando que por sermos homossexuais não possuímos um Deus, que estamos sozinhos neste mundo tenebroso, mais Ele não morreu na cruz pelos santos, Ele veio pra resgatar as nossas Vidas, Temos um Deus que sim Ele nos ama… E precisamos do manifestar Dele em nós…. Somos obras das suas mãos Ele é o oleiro e nós somos barro…. Se preciso for Ele quebra e molda….Que a vontade Dele se cumpra em nossa vidas, mas isso não quer dizer que não devemos apresentar diante da sua maravilhosa presença, os nossos sonhos e a nossa Vida!
Cah sua história parece a minha 🙁
Manda seu facebook gostaria de conversar
Olá, pode conversar comigo nesse email, se alguém mais quiser mandar algo estarei a disposição.
[email protected]
Olá meu nome é Carol Dias, não pude deixar de comentar essa linda e dolorosa história de amor… Muito parecida com a minha.
Bom, hoje tenho 29 anos de idade, mas quando conheci a Larissa tinha apenas 15 anos.
Não acredito que tenha sido só o acaso, mas eu acredito que Deus deseja que nós sejamos muito felizes nessa Terra com muito amor…
Quando fiz 15 anos de idade ganhei de presente de meu pai um celular da oi, na época existia muitas promoções da oi. A minha promoção era uma que cadastrava um número e que poderia ligar a qualquer hora somente para o número e falar o quanto puder de graça. Então tentando cadastrar o celular de uma amiga, cadastrei o número errado… Ai já deu né… Caiu no celular de uma menina chamada Gabriela. Na época eu morava no interior do Ceará e a Gabriela morava em Fortaleza.
Então um dia resolvi saber de quem era o número errado que havia cadastrado, nisso no dia em que liguei para Gabriela a Larissa estava do lado dela.
Ai falei o seguinte: – oi sou a Carol, gostaria de saber de que é o número e fui explicando que havia cadastrado errado o número para a Gabriela. Só que a Gabriela era enjoada, nojenta e chata. Ai a Larissa toda educada, simpática pegou o celular e falou comigo. Nossa quando ouvi a voz dela pela primeira vez pensei: – Que voz linda é essa??!!! Então conversamos e foi agradável… No dia seguinte a Larissa me ligou, quando atendi não acreditei que ela tinha retornado para mim e do número dela… Então conversamos e fomos nos conhecendo por telefone mesmo.
Com o passar dos dias, a Larissa toda empolgada e toda meiga com a voz muito linda passou a me ligar com mais frequência… Na época existia o orkut, foi então que passamos a nos falar mais e trocar fotos… Nossa como a Larissa era linda!!!
Então a gente decidiu iniciar o namoro. Confesso que estávamos tão apaixonadas que saia do meu interior para encontrar com a Larissa em Fortaleza escondida dos meus pais… Amei demais a Larissa, mais do que qualquer outra pessoa. Confesso que na minha vida jamais vou conseguir amar alguém assim como eu amei. Amei com todas as forças de minha alma e com tudo que sou. Hoje essa historia tem mais de 15 anos, continuo amando a Larissa como se eu ainda tivesse meus 15 anos, continuo desejando o nosso primeiro beijo dentro do banheiro da casa de cultura da UFC. Nunca vou esquecer daquela mulher que teve a capacidade de me fazer amar por mais de 15 anos… Hoje é só saudade que me resta, por que não lutei por ela pelo fato de minha família ser evangélica… Mas me arrependo muito de não ter lutado… Hoje a Larissa está casada… Mas continuo amando cada pedacinho da Larissa…
Poxa, que triste! E vc não acha que se voltasse a falar com ela, sei lá, descobriria que ela ainda gosta de vc?
Oi, Cah! Achei sua história muito linda. Você está vivendo a parte triste dela agora, mas eu acredito na força desse sentimento que vcs têm. Sabe por quê? Porque eu vivo um sentimento que nasceu assim como o seu há 7 anos. Eu e minha noiva nos conhecemos na faculdade. Eu com 21 e ela com 17. Na primeira vez que eu a vi, eu soube que ela era diferente, mas nunca passou pela minha cabeça a chance de sermos namoradas. Sou de uma família extremamente católica assim como vc, e pra nós essa possibilidade não está na lista de possibilidades quando somos criadas.
Eu e ela nos tornamos amigas, tínhamos milhares de coisas em comum e eu adorava o fato dela topar todos os rolés que eu curtia e minha amigas da época do colégio não curtiam tipo: cinema, comer um cachorro-quente na rua, assistir filme em casa tomando sorvete, jogar vídeo game. Porém era sempre só nós duas. Uma terceira pessoa atrapalharia pq “iria querer fazer uma coisa diferente de nós” (era o que dizíamos pra explicar pq só gostávamos de sair as duas. Ficávamos o dia e a tarde juntas na facul e a noite passávamos horas no msn até dar a hora de dormir. Era praticamente as 24h do dia, pq tinha vezes que eu me encontrava com ela a noite tmb…nos meus sonhos XD. Começamos a namorar 6 meses depois de nos conhecermos. Foi intenso. Todo mundo na faculdade já olhava pra gente e dava risinhos. Buscamos melhorar as aparências. Um dia nas férias, estávamos morrendo de saudades, ela no interior e eu na capital, e decidimos que eu iria visitá-la la na casa dos pais dela, como amiga claro…nosso erro. A mãe dela já desconfiava e precisou de pouco pra perceber que a filha fria, que entrava e saia de relacionamentos rápido, estava apaixonada por mim. Colocaram ela contra a parede e ela contou, mas não tudo. Disse apenas que gostava de mim, mas não falou que já namorávamos. Quando ela voltou para a capital, na casa das tias, elas ameaçaram vir falar com a minha mãe se ela não me esquecesse. Que coisa mais insana pra se pedir né? E assim ela tentou, terminou cmg e se afastou por um tempo, mas tava claro que a gente não conseguiria.
Muita coisa aconteceu, até que voltamos, mas dessa vez mais cautelosas e ela conseguiu se munir de uma máscara que a permitiu mentir para a mãe, para a qual antes não conseguia mentir, assim como a moça da qual vc gosta. Isso foi no primeiro ano de namoro. Se passou 6 anos depois disso e ainda estamos aqui.
É doloroso às vezes. Machuca. Mas todas as vezes que nos encontramos essa ferida é curada e assim vivemos e vamos continuar vivendo até quando pudermos nos bancar e finalmente ser felizes.
Eu sei como é delicada a sua situação. A pessoa que vc ama ainda é muito apegada ao cordão umbilical dela e acredita que precisa ser um livro aberto para os pais pra ser feliz. O que ela precisa aprender é que a vida não é assim e que nossos pais são nossa vida durante muito tempo, mas depois, existem coisas que não é mais da competência deles participar, a n ser que seja da nossa vontade. Infelizmente, se ela ainda é dependente deles, ela terá que fazer o que eles mandam, mas a partir do momento que ela se independer financeiramente, acho que ela precisará saber de todas essas coisas e esse será o seu momento de agir.
Oi Cah, gostaria muito de cv contigo.
Ele te concedeu. DEUS é um Deus de graça, amor e perdao. Não de opressão.
Sou evangélica, faço parte do ministério de louvor e sou lésbica e todo mundo sabe disso.
E o Senhor Jesus que me Salvou da condenação da lei revelando a mim a sua maravilhosa graça.
Contato. [email protected]
Nossa como me identifiquei com a historia, as mesmas angustia, preocupações e sofrimentos de gostar de alguém e não poder falar e muito triste. Sou Cristão e acredito que Jesus me ama do jeito que sou e não me condena pelo amor que sinto fora do convencional. Ele quer que sejamos felizes, amando, cuidando e respeitando aquela que nosso coração escolheu para nos completar. O negocio e dar tempo ao tempo, trabalhar e ser independente e ir em busca da felicidade e não cair na armadilha de querer casar para agradar a Família e a sociedade. Porque nossa felicidade são nossa escolhas, pois ninguém quer viver frustado pensando como a vida poderia ter sido diferente se tivesse escolhido VIVER, AMAR E SER FELIZ. Pois EU hoje escolhi ser FELIZ!
Me envolvi com uma amiga e no começo foi assustador todos aqueles sentimentos.Quando as coisas começaram a ficar mais calmas e eu comecei a aceitar que realmente gostava dela,ela contou pra mãe que tinha ficado comigo e foi a maior confusão.Ligaram pra minha mãe,foram na minha casa,mandaram eu me afastar dela,me ligou varias vezes me ameaçando e sempre com o discurso que é tudo pela “familia abençoada por Deus e Maria Santissima”.A gente ta sofrendo bastante com tudo isso,antes a gente vivia grudadas e agora não pode se ver.Eu tô procurando emprego e ela estudando pra passar no vestibular,pra quando tudo se ajeitar,a gente possa ficar juntas.
Desculpem.
aqui está o meu email.
[email protected]
História realmente comovente. Passei por muitos sufocos…minha mulher n podia me ver e tb n podia falar comigo..foi tortura..opai me odiava mesmo sem me conhecer direito…fiz tanta coisas por ela…e dificil mais pelo fato dela ter uma filha pequena e morar com os pais…foi horrivel…mas enfim…daria uma boa historia…e hj estamos juntas a 10 anos…
Conta, conta, conta! kkkk XD
Até hoje pensei que eu fosse a única pessoa (católica) a sofrer isso, um amor que (segundo a religião) não pode acontecer… A minha história é semelhante a essa. Juro que chorei lendo, porque me vi nesse descrito. E nunca compartilhei nada com ninguém!
Tive um casamento de 11 anos. Dediquei-me completamente a essa relação. Não morávamos juntas devido ter que cuidar de minha mãe e ela preferir ter seu canto. Apesar de gostar muito da minha mãe, ela preferia não conviver para não criar conflito. Minha mãe é uma senhora de idade e por anos não aceitava nossa relação. Aliás foi minha primeira namorada, amante, enfim. Durou 11 anos. Até que ela decidiu do nada se voltar para suas raízes evangélicas. Voltou a frequentar a igreja e deixou-me para trás. Teme o pecado e tudo mais. Desde então eu ando meio confusa, perdida para ser sincera. Ainda convivemos. Tento respeitar a decisão dela. A amo e ela diz que me ama ainda mas não quer praticar o lesbianismo por ser contra o que Deus criou. Sinceramente me sinto mal com tudo isso, apesar de respeitar sua decisão. Também tenho raízes fortes mas católicas e minha mãe sempre pregou que isso não era de Deus, mas eu sempre senti atração por mulheres e com ela decidi enfrentar essa vida. Parece que tudo foi em vão.
Não acho que foi em vão, Aleh. Quando vc luta nunca é em vão. O que vcs passaram juntas com certeza te trouxe muitos ensinamentos, além do que, vc foi até o fim, ela foi quem desistiu. Não se arrependa de ter lutado e não pare de fazer isso por outras pessoas que pintarão no seu caminho. As que valem a pena. Eu acho que por 11 anos a sua mulher valeu a pena. ;/
ex*
Fui casada 11 anos. Eu e meu ex marido eramos muito amigos de um casal, foram 8 anos de uma grande amizade com Andrea. Nossa sintonia sempre foi imensa. Conseguíamos perceber uma a oura sempre. Ou seja minha melhor amiga, onde eu só pensava em sair quando eles (casal) estivessem com a gente. Nunca (de verdade) havia pensado nela de forma mais intensa. Só que no ano passado, em um aniversário em comum, onde estavam todos os amigos e nossos maridos, ela chegou para mim e disse que queria se separar.
Nesse momento, eu senti uma vontade enorme de olha-la nos olhos intensamente, e foi isso que fiz. Ela retribuiu o olhar e nesse momento parece que minha vida parou. A gente fala que caiu um raio. Meu coração acelerou… Como podia tal coisa? Nunca tinha passado por nada parecido.
As duas são evangélicas e todos os dogmas da religião nos massacram.
Hoje estamos separadas. Eu tenho 2 filhos e ela 3.
Estamos nos encontrando quando pode, temos um relacionamento.
Pena que não podemos assumir tudo pois a família evangélica nunca aceitaria. As vezes a culpa de ter desfeito um casamento me pega, mas me sinto completa com ela, e não amo absolutamente nada em meu ex.
Ainda choro. tenho medos, mas não me vejo longe dela.
Achei esse blog hoje e me ajudou muito ver que tem varias na mesma situação.
Bjos
Sei bem e entendo o que passas, sei bem o quanto é difícil ser uma coisa para família e outra quando estamos longe.
Se você quiser podemos conversar mais a respeito.
Estou encantada com sua história. Fico com pensando com a religião ao mesmo conforta e e trás angústias aos nossos corações, as vezes não consigo ver Deus nas religiões. Impossível não falar que vivi momentos parecidos com estes, mas hoje 90% de mim está feliz e realizada pois vivo meu amor, lutamos e casamos, com isso abrir de estar próxima da minha mãe, que nos condena. Acredito que um dia ela também mude e assim estarei feliz 100%. Lute, lute e lute pelo amor e serás feliz!
ola meninas,acabei de lê as historias de vcs e me identifico com algumas.
Vivo um relacionamento com uma mulher casada a mais de dez anos,nos conhecemos em uma sala de bate papo,começamos esse relacionamento e depois de um ano namorando pela net fui ate ela e estamos vivendo esse romance ate hoje,mas o detalhe é que ela mora em s/p e eu na Bahia kkkk.vou deixar aqui meu email pra fazer parte do grupo,gostaria muito de contar mais sobre mim sobre minha historia e ouvir vcs tambem..
EMAIL:[email protected]
Me identifiquei com algumas partes aí, não sei explicar esse amor, eh tao intenso, pior eh amar alguém que nem imagina que vc ama, amor platônico. 🙁
Nossa, quanta gente lgbt e cristã… Sei o quanto essa combinação pode causar sofrimento. Sei que também a militância não chega nessas pessoas… Fico pensando o que poderia ser feito para ajudar. Bom, de qualquer forma esse blog já ajuda muito… Obrigada, Amanda. Obrigada também à moça da história por compartilhar conosco.
Envolvente história, espero que tenha o desfeche feliz.
Muito linda a história.
Eu estou em um dilema
Conheci uma menina pela net se falamos durante 7mese e depoia fui conhecer ela pessoalmente a gente se falava quaze 8horas por dia no celular eu achava q sabia tudo da vida dela até q agora c um ano e um mês e descobri q ela é casada. Estou sem saber oque faço?
Descobriu ou ela te contou Myle?
Oii, sou cristã catolica e bi, gostaria mto de conversar cm alguem que tbm se identifica cm a historia ali. Meu email é [email protected]
Tão eu! Procuro um amor! [email protected]
Oi Meninas,
Sou Casada a 20 anos e sempre tive interesse em mulheres, tenho 2 filhas e 38 ano, nunca tive coragem de me relacionar com uma mulher, essa história e muito parecida com a minha.
Gostaria de conversar com outras mulheres de preferencia que more no Espírito Santo.
Caramba!! Parece até coisa de livro, filme, Que história linda e também triste. Me arrepiei e me emocionei.
Cheguei a passar a noite orando para Deus me livrar de amar uma mulher.
Mas ao contrário do que podia pensar, Deus me abençoou.
Sou legalmente casada com uma mulher e muito feliz.
Devagar consigam suas independências financeiras. … e .. psicológicas.
Devagar.
E vivam todo o amor que têm para viver.
É de certa forma até um alivio saber que não passo por esses questionamentos sozinha… Cresci dentro da igreja, ouvindo o que era ‘certo’ e toda aquela coisa que muitas de vocês conhecem… Eu sentia algo diferente em mim, mas pensei que fosse aquela coisa que passa logo, namorei homens, afim de que pudesse esquecer ou sumir aquilo que existia dentro de mim e eu me enganei esse tempo todo… Me relacionei com mulheres, e me senti tão plena, mesmo em meio a intensidade e a complexidade de um relacionamento entre mulheres, – nunca ninguém disse que seria mil maravilhas – ali pude ser eu mesma, sem aqueles rótulos impostos pela sociedade ‘namorar homem, casar, e todo o resto’, tive uma pessoa incrível do qual coloquei tudo a perder por simples medo, mas aprendi com isso… Hoje me aceito, e isso foi como tirar um peso das costas… Deus não pune, ele ama seus filhos igualmente, isso conforta o meu coração quando penso nessas questões… Tenho 27 anos e sou de SP, meu email é:[email protected], se quiserem conversar, desabafar, me coloco a disposição a novas amizades…
Nossa q história bacana!
Gostaria de conversar com a moça do conto, minha situação é bem parecida com a dela.
Olá bom dia sou um rapaz bi passivo delicado sem pelos totalmente discreto tenho 35 anos aparento menos sem vícios e trabalhador busco uma namorada branquinha que curta um namorado assim gosto de roupas femininas e quero alguém para caso sério e fixo moro em São Paulo região oeste
Bom eu tenho 19 anos e sou ateia minha família é muito religiosa e por conta disso sempre fui induzida a pensar que era “pecado”,vivi uma adolescência frustada por me forçar sempre a ficar com homens e perdi a oportunidade de ficar com mulheres incríveis por não me aceitar lésbica.Com 17 anos conheci esse blog e comecei a me aceitar do jeito que eu sou.
Meu sonho agora e me formar e me tornar independente e me assumir para família,de verdade eu não me importo mais se eles vão ficar do meu lado ou não,porque nessa de sempre tentar agradar a família esquecemos de agradar nós mesmo.
Relato interessante e, infelizmente, muito mais recorrente do que gostaríamos. As histórias que, por qualquer motivo, não são vividas, acabam seguindo conosco pelo resto da vida. Às vezes como uma leve lembrança, outros como um “e se…” eterno…
Como o texto foi publicado em março de 2016, alguém sabe se findou por aí ou teve novos capítulos?!?