Sou um homem heterossexual. Sou casado há 12 anos com uma mulher incrível. Recentemente, ela me contou que se considera bissexual. Temos dois filhos e não sei o que fazer ou como agir. Quando ela me contou, não entendi muito bem o que isso poderia significar para o nosso relacionamento. Primeiramente fiquei feliz por ela ter me contado, mas inseguro por conta desta situação. A qualquer hora, ela poderá estar com outra pessoa. Eu disse a ela que se ela estiver interessada em alguém para me falar, mas ela diz que quer estar comigo. E agora? Será que não serei suficiente para ela?
Decidi entrar em contato com o BlogSoubi & Portal Diversidade para entender mais sobre o assunto. Como devo proceder?
Essa foi uma mensagem recebida nesta semana no nosso site. A dúvida do Guilherme* é muito comum. A bissexualidade e também a pansexualidade podem causar insegurança, porque as pessoas imaginam que “sempre vai faltar alguma coisa”.
No entanto, não é verdade. O fato de ser bissexual não significa que a pessoa vai trair ou não estar satisfeita em um relacionamento. O mesmo vale para os pansexuais – que gostam de pessoas, independentemente do gênero ou da sexualidade. Se identificar como bi ou pan não quer dizer que você não será monogâmico. Essa é outra conversa que vale debatermos em outro momento.
A bissexualidade foi por muito tempo associada a promiscuidade – até por alguns membros da comunidade LGBTQIA+. A realidade é que a traição não está relacionada a identidade sexual.
Vamos enxergar por outra ótica. Uma mulher heterossexual pode trair o parceiro com muitos outros homens. Ela não precisa ser bissexual para trair. O que poderá levar a uma traição podem ser muitas outras coisas, entre elas a insatisfação com o relacionamento e não ter coragem para terminar.
Quebra de rotina?
Vale destacar outras questões que podem estar envolvidas na traição. Segundo um levantamento feito pelo aplicativo Gleenden, de relacionamentos extraconjugais, 76% das mulheres entrevistadas dizem querer quebrar a rotina traindo o marido com outra mulher.
A pesquisa foi feita com quase seis mil integrantes do aplicativo, sendo 2.818 mulheres participantes. Além da “quebra de rotina”, vem a atração pela violação de um tabu, a oportunidade de realizar uma fantasia e o desejo real por pessoas do mesmo sexo.
No caso dos homens, 61% desejam vivenciar um relacionamento homossexual para “sair da rotina”.
Medo da família e questões financeiras
Há ainda situações em que a pessoa nunca foi apaixonada de verdade pela outra pessoa. É o caso desta história real. Neste relato, uma mulher de 50 anos conta que o casamento é um martírio, pois não sente nenhum desejo. “Sempre me atraí por mulheres, mas nunca tive coragem de assumir. Depois vieram as proibições religiosas. Tem sido angustiante a minha vida sexual. Desde adolescência, os meus primeiros contatos com o sexo foram com homens, mas nunca foram bons. Eu achava que era por que não rolava paixão”, contou. Segundo ela, “o medo, a imposição da família e o julgamento da sociedade podem levar alguém a fazer esse tipo de escolha: fingir que é feliz”.
A dependência financeira tem sido outro fator apontado pelas mulheres. Há pouco tempo, mulheres têm conquistado posições de destaque no mercado corporativo – muitas delas assistiram suas mães e avós não terem o direito a opinião e viverem suas vidas em função dos afazeres domésticos. “Nunca se esqueça que basta uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados”, apontou Simone de Beauvoir, uma das figuras feministas mais importantes e autora de diversos livros sobre direitos das mulheres, entre eles o famoso “O Segundo Sexo”.
“Sou casada e mãe de um filho. Me sinto muito atraída por mulheres e sou completamente infeliz no meu casamento. Tenho 32 anos e ele 45. Meu marido não me dá carinho, não faz um cafuné, nadinha. Já pedi a separação várias vezes e já dormimos em quartos separados há um ano. Estou em transição de carreira e louca para me separar. Só queria ter condições de me manter sozinha com meu filho”, afirmou em um comentário do BlogSoubi & Portal Diversidade.
E a sua história?
Você vive uma situação parecida? No seu caso, o que está acontecendo? Comente e compartilhe com a gente.
Eu não diria que a monogamia por si só é consenso. Tanto que o surto de alguma doença, logo vem a frase é “transmitida por gays ou homem que transa com homem”! Noutra ponta, quem nunca teve na vida uma relação fluída! Agora, é o casal conversar e ponderar como lidar com a Bissexualidade ou Pansexualidade!
Minha situação é inversa eu sou bissexual e casada ,mas apesar de não viver em um casamento feliz ,nunca traí meu marido ,nem com homem e nem com mulher .Fidelidade é questão da personalidade da pessoa , e não tem a ver com sua orientação sexual