Confesso que já tive muito preconceito com casais de idades muito distantes. Se eu via um homem de 50 anos com uma mulher de 25 já pensava automaticamente: “Ele deve ter dinheiro”.
Claro que essa situação pode acontecer. Uma vez ouvi um desses coroas anunciar sem rodeios: “Eu sei que ela está comigo por dinheiro. Ela me dá o que eu quero e eu a mesma coisa. É uma boa troca”.
Mas a troca nem sempre acontece dessa forma, muitas vezes há um verdadeiro sentimento envolvido. Alguns leitores confidenciam que estão apaixonados por pessoas muito mais velhas ou bem mais novas e têm dúvidas sobre o que fazer. Recentemente, uma leitora na faixa dos 20 anos relatou que uma mulher na casa dos 40 não saía da sua cabeça.
A mulher mais velha faz parte da imaginação pelo jeito de andar, de falar, de se portar. Seria apenas admiração? Para muitas pessoas sim. Por isso é preciso fazer uma auto-análise profunda. Nesse caso específico, há uma boa reflexão: quero ser como ela ou existe um desejo?
Podemos ainda enveredar por teorias mais complexas. Freud, por exemplo, afirmava que muitas vezes podemos substituir o pai ou a mãe pela pessoa amada. Ele batizou isso de mecanismo de defesa de substituição.
Há outro mecanismo de defesa similar, o de transferência. Uma pessoa que não teve pai ou não estabeleceu uma boa relação com ele, pode querer transferir todos os sentimentos paternais para o parceiro, como se ele fosse seu pai.
Não são análises simples e minha citação é rasa comparada ao conhecimento de um psicólogo. Por isso, sempre recomendo consultar um bom profissional para ajudá-los nesses raciocínios.
Só não podemos descartar que o desejo também envolve admiração, que não pode ser confundida com nenhum mecanismo de defesa citado. É um misto de muitas coisas. A atração por uma pessoa reúne as mais diversas variáveis: não é só o jeito de falar e de andar, mas a personalidade, as ideias, o cheiro, o olhar. É tudo muito particular. Difícil explicar porque escolhemos determinada pessoa para viver um grande amor. É uma fórmula complexa e por isso muitas vezes é confundida, principalmente quando somos mais novos.
Um bom exemplo disso é a paixão platônica por professores. Lembro de várias amigas apaixonadas pelo professor na minha adolescência. Não seria uma confusão entre (apenas) admiração e paixão? Nunca me apaixonei por um professor ou professora, então quero a opinião de vocês.
A minha questão particular em relação a idade está no gênero. Sempre tive mais atração por homens da minha idade e por mulheres um pouco mais velhas. Apesar disso, já me envolvi com homens mais velhos e mulheres na mesma faixa etária que a minha. O que isso quer dizer? Que no final, a idade não será o fator determinante para firmar uma relação. Ou pelo menos não deveria ser. Há outras variáveis muito mais importantes.
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Nota 1. O BlogSoubi não compactua com a pedofilia, então descartem qualquer dissertação voltada a esse tema nesse post.
Nota 2. Contem as suas experiências. Já se apaixonaram por alguém muito mais velho ou mais novo? Foi uma confusão ou era realmente uma paixão? Como vocês enfrentaram ou enfrentam o preconceito?
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A idade não foi determinante no meu caso, ou seja, tenho 34 anos e a mulher com a qual eu vivo tem 49 anos. Então dizer que hoje sou feliz seria hipocrisia da minha parte.
Existe um certo ciume em excesso da parte da minha companheira, que chega a ser para mim sufocante. Não sei se existe alguém na mesma situação.
Acredito que o amor possa acontecer independente de idade, mas o que diferencia é o modo como administramos nossas opiniões, aí sim a diferença de idade transparece e podemos fazer nosso juízo de diferenças de idade.
Vivo com a Sol a quase 5 anos, sempre namorei meninas, mas, me casei em 2000 e me separei em 2009, tivemos 2 filhos e percebi que isso não era para mim neste momento da minha vida.
Acredito que ainda estou me resolvendo, não tenho problemas em assumir ninguém, não faço distinção de gênero ou idade. Muito pelo contrario prefiro mulheres mais velhas, nunca tive muita paciência com meninas mais jovens que tendem a não saberem o que querem da vida.
Quanto as ideias filosóficas e psicológicas mencionadas, depende do seu ponto de aceitação, acho que alguém que sabe o que quer saberá onde procurar.
Pois se a teoria de Freud fosse levada ao pé da letra não seria valida, na minha opinião, uma vez que o que eu faço com uma outra mulher eu não faria com minha mãe. Acredito na confusão entre desejo e necessidade de carinho, neste ponto muitas pessoas se deixam enganar e acabam confundindo os sentimentos verso a uma outra pessoa.
Diferença de idade ainda é um problema para muitos assim como o amor entre pessoas do mesmo sexo, mas sei bem que quando o amor acontecesse ele não faz essas distinções.
Minha primeira mulher tinha 56 e eu 17 foi muito bom nossa relaçao durou 4 anos mais nossa historia foi linda so o ciumes dela q era um pouco demais, mais tudo foi otimo.
E hj eu tenho 33 anos e so fiquei com uma mulher mais nova que eu. Eu so curto mulher mais velha e bem feminina bem linda rs.
Acho que idade nao tem nada ver com grana….particulamente e depois dos 40 que as mulheres ficam mais gostosas kkkkk.
Bom, eu tenho 20 anos e sempre me senti atraída por mulheres mais velhas. Já fiquei com uma de 35 anos e agora não tiro uma hétero de 42 da cabeça, e eu admiro tudo nela, a voz, o jeito de se portar, de vestir, ela é linda! Não posso dizer que estou apaixonada por ela, não que ainda seja cedo, se ela fosse homo com certeza eu teria deixado meu sentimento me dominar e já teria feito algo. Ela tem todos os sinais possíveis para ser bi ou lésbica, mas ela afirma pra mim que é hétero o tempo todo, parece que é uma auto afirmação, enfim, no início fiquei pensando muito nessa coisa de idade e parece que pessoas mais velhas batem muito nessa tecla, parece que o tempo todo tem que deixar claro que você tem só 20 anos é chato, mas agora passei a encarar como desafio, foi assim que eu atraí a atenção da de 32 pra mim!
Bom, em assuntos como esse, o maior exemplo de idades com largas diferenças que posso citar são meus pais e posso dizer também que a idade não teve nenhuma interferência em quase 20 anos de casados e uma excelente convivência. Meu pai está prestes a completar 68 anos e minha mãe 42 anos, mas é claro que nem tudo são flores, pois sempre sofremos com um preconceito ‘mascarado’ por parte de nossa própria família e pessoas próximas a nós, mas aprendemos a ignorar qualquer tipo de comentário negativo e a termos orgulho de nossa família.
No meu caso, posso citar duas paixões platônicas por dois professores (mulher e homem) na casa dos 30, mas no final era tudo admiração mesmo!
Tenho 21 anos e me apaixonei por uma mulher de 32. Saímos 3x e parecia que ela estava me curtindo tanto quanto eu a ela. Depois da nossa primeira noite de amor, ela me liga e diz que não podemos continuar pela diferença de idade, que, depois de um dia inteiro de reflexão, ela não se imaginava com uma mulher tão mais nova que ela. Eu a disse que entendi, mas a verdade é que não entendi tão bem assim, pois ela parecia estar disposta a continuar com nossos encontros gostosos. Eu a quero muito, pena que ela pensa tanto e não se arrisca a algo novo que poderia fazer tão bem a ela.
Dizem que uma geração, via de regra, é “definida” como intervalo de 10 anos. Mas não é a idade biológica, distantes, que atrapalham, via de regra. Mas o momento de cada um: já namorei ou fiquei várias vezes, com homens, com mais idade que eu (pouca ou não), experientes na “cama”, mas acomodados na carreira, fazendo a relação, findar. Quando aos 52 anos, eu finalizando a carreira e, namorando colega, engenheiro, bissexual “resolvido”, 35 anos, conversamos sobre a continuidade ou não da relação, a opção foi “heteronormativa”, ele meio que reconhecendo que mesmo eu realizando muito ele, sexualmente, mas ainda ele não estava pronto para ser “marido homoafetivo”, exclusivamente!