A antropóloga Roseli Roty foi uma das pioneiras do movimento lésbico no Brasil.
Em 1985, no final da ditadura militar no país, Roseli foi ao Programa de Hebe Camargo para falar sobre visibilidade lésbica.
Naquela época, ainda era muito forte o pensamento de que “lésbica não era uma mulher” e é justamente esse embate enfrentado por Roseli no programa. Enquanto ela se coloca como uma mulher feminina, ela é criticada por outra participante de forma agressiva. “Você acha que é feminina usando esse sapato de homem?”, afirma Dona Maria Amélia ao se dirigir a Roseli.
Roseli decide não participar da “baixaria”, como ela mesmo definiu ao responder Dona Maria Amélia e disse não se importar com o que ela pensa. Isso em 1985! Ela realmente abriu muitas portas para nós, mulheres lésbicas.
Homossexualidade não é doença mental
No mesmo programa, o psiquiatra Ronaldo Pamplona apresenta um dos mais importantes documentos que, sem dúvida, foi um importante instrumento para reduzir o preconceito contra homossexuais.
Foi em 1985 que o Conselho Federal de Medicina estabeleceu que a homossexualidade não deveria mais ser considerada uma doença mental. “Apresento esse documento em primeira mão na televisão brasileira”, afirmou Ronaldo no programa.
Ver essa foto no Instagram