A violência física doméstica não é algo restrito a casais heterossexuais. Ela também acontece em relacionamentos lésbicos e raramente entra no debate da comunidade LGTB.
A lésbica que agride a parceira reproduz a dominação que muitos homens costumam exercer em mulheres. A parceira é encarada como uma posse e começa a adquirir um crescente sentimento de inferioridade.
A abusadora geralmente emprega discursos ofensivos, que fazem a vítima se sentir culpada por quem ela é ou por algo que ela tenha feito. Em roda de discussão da comunidade LGTB da qual participei, uma mulher da plateia relatou a violência de uma lésbica contra sua parceira bissexual. Nas discussões em que tentava justificar a agressão, a lésbica constantemente criticava a parceira por ser bissexual – um visível ataque bifóbico.
A pessoa abusada começa a adquirir um sentimento de culpa intenso e não consegue se desvencilhar. Em seu íntimo, mesmo que ela saiba o quanto a relação é maléfica, há uma intensa insegurança de abandonar a relação. Inexplicavelmente, essa vítima se sente protegida e segura ao lado da “pessoa amada”.
Mesmo quando não há agressão e uma constante pressão psicológica, a violência existe. E é o que podemos chamar de relacionamento abusivo – uma tentativa frequente de controlar e isolar a parceira do mundo. É sentenciar diariamente que a pessoa abusada pertence apenas à abusadora.
Você não vive uma relação atípica. Há outras lésbicas e bissexuais passando pela mesma situação. Compartilhem suas histórias e criem uma rede de ajuda para escapar desse relacionamento.
Estou passando por uma situação assim ..namoro ja quase 4anos e moramos juntas 1ano. Ela sempre foi brava com personalidade forte quer controlar tudo…mas morando juntas ta demais. Está agressiva nervosa fica me humilhado e esse dias me agrediu. A situação esta horrivel. Eu disse para ela se me agredir de vou embora e vou mesmo..ninguem tem o direito de fazer isso com quem diz que ama…
Colega, sai dessa! Você tem como encontrar uma mulher que te respeite e te valorize como pessoa e como esposa. Não se submeta a isso. Boa sorte.
Disse tudo!
Sempre tive baixa autoestima, o que me deu base para consegui viver um relacionamento, pelo simples fato de, não conseguir se quer pensar em mim somente na minha parceira a qual achava incrivelmente incrível! Em desvarios pontos e aspectos. “Tão sonhadamente moramos juntas”, um sonho morar com alguém qual eu via exorbitante maturidade, conteúdo, compreensão, visão, criatividade, etc só não se quer cogitava que o ser poderia ser tão “tosco” ao ponto de inacreditavelmente se tornar uma merda! Xinga, ofende, oprime, humilha, só não chegou na real agressão física, porque já levei uns empurrões. Ainda estou extasiada com essa situação, não sei se estava cega de paixão, se ela realmente é “incrível” mas só na terceira pessoa, se é uma psicopata, se orações da cura gay estão me “curando”, se ela está me testando. Parece um estado de loucura, transtorno, sei que não é TPM nem minha e MUITO menos dela, sei que vivemos um bom tempo juntas ao ponto de ambas se conhecerem, também não acredito que esteja passando por uma situação horrenda que opinou em não me contar e preferiu descontar. Se passou 1 e alguns dias nessa situação de 3 meses que moramos juntas, o bom que não mostro inferioridade, o que está sendo dificílimo! Vou levar a situação até me ajeitar, enquanto isso ela é um ser a ser estudado, espero que aguente até lá. #Ficc
Me parace que estamos na mesma situação …espero que agente mude isso …bjo tudo bom
Vivi um relacionamento parecido com o que vc descreveu aqui embora não tenha sido tão traumático assim. Consegui sair dele sem traumas, nem arrependimentos. Estou sozinha e muito bem assim. O que me chama atenção em relacionamentos homo (femininos, especialmente) é o exagero, a ansiedade, o imediatismo. É tudo MUITO “over” … A sensação do desejo correspondido é uma delícia, queremos dar conta de tanta demanda ao mesmo tempo, parecemos transbordar. Mas a gente conhece alguém e já quer se juntar, pulando o processo do “conhecer-se melhor”… Já fui muito mais impulsiva, mas agora, com pouco mais de 40 já conheço o caminho das pedras…rs. Espero que vc consiga superar isso, com a juda de um profissional até, vai ser bom pra vc “se ajeitar”. Cuide-se! Fique bem… um beijo.
Olá, Mônica!
Imagino como tenha sido difícil e como foi importante este processo de amadurecimento. Também já vivenciei uma situação parecida, mas como não morávamos juntas, foi “relativamente” mais fácil contornar tudo. Gostaria de trocar mais experiências contigo, se possível.
[email protected], este é meu e-mail. Se puder me escrever, será ótimo, se não, entenderei.
Beijos.
Já passei por isso também,minha ex bebia,era ciumenta demais e gostava muito de me provocar ciúmes.Ela me agrediu várias vezes,me deixava com marcas nos braços.Sofri muito custei ficar livre,hoje estou solteira e tenho uma certa insegurança.Nao consigo me relacionar,me sinto sozinha e sinto falta de carinho.Mas acho q ainda não encontrei a pessoa certa.
Oi Margareth espero eu consiga deixa isso e me sentir livre ….
Margareth não pense assim tem muita mulher que tem caráter e que jamais trataria outra dessa maneira. Até hoje eu fico impressionada com esse comportamento. Sou muito cavalheira, não consigo conceber como há pessoas que batem nas mulheres, que são tão frágeis e delicadas. Isso não entra na minha cabeça. Se a garota agir com grosseria comigo eu pulo fora na hora! Não se feche, mas se recolha temporariamente, isso pelo que vc tá passando é fase. Que vc encontre alguém especial lá na frente e que te valorize.
Boa tarde a todas, força. Todas nós merecermos respeito, admiração e muito prazer.
Já tive muitos problemas com isso, mas hoje com a menta mais aberta, assumir pra toda minha família, no começo foi difícil, até mesmo pra minha ex esposa, mas passou e hoje estou aqui mais forte e feliz com a minha decisão.
Fale do relacionamento abusivo na masculinidade tóxica. E de casos de feminicidio. Homem é bem pior nesse aspecto e não me venham dizer que não porque vcs sabem que é!
Ah, e aproveita pra dizer algumas das motivações desse comportamento masculino equivocado, tais como insegurança, baixa autoestima e senso errado de que o homem deve comandar a relação, educação errada e rígida só pai, machismo (que atrai sentimentos de superioridade negativa), misoginia,etc.