Sempre tive dificuldade em falar sobre a minha orientação sexual. O meu pai nunca aceitou, era machista. Fugi de casa aos 18 anos para morar com minha namorada.
Vivi em uma época em que se falava muito pouco sobre o assunto. Era tabu. Hoje vejo minha sobrinha falar abertamente sobre sua bissexualidade e acho bonito. Digo a ela para não andar de mãos dadas nas ruas ou beijar no metrô. Outro dia vi duas meninas se beijando no metrô. Novinhas, sabe? Não se faz isso. Não se beija no metrô. Os outros vão ficar olhando, não é legal. É isso que essa nova geração precisa tomar cuidado.
Minha sobrinha disse que devo pensar exatamente o contrário. É esse o objetivo. Os casais homossexuais precisam se beijar naturalmente, ela disse. Assim venceremos o preconceito. Para mim ainda é difícil assimilar tudo isso. Foi sempre tão difícil falar sobre o assunto. Agora tenho a minha sobrinha, casada com uma mulher. É uma das primeira pessoas com quem posso me abrir de verdade.
Ela descobriu que eu era lésbica aos 12 anos. Foi traumático a forma como ela veio a tomar conhecimento deste fato. O pai dela, homofóbico, disse que a tia era sapatão e o tio um “viado” aidético. É, meu irmão também era gay, morreu de Aids e até hoje dizem que ele faleceu em decorrência de um câncer. Quando meu pai descobriu que ele gostava de homens, ficou irado. Ameaçou expulsá-lo de casa. Desistiu quando uma de nossas irmãs saiu em sua defesa dizendo que iria junto.
Beijei um homem apenas uma vez na vida, um amigo de escola. Um outro tentou me beijar e dei um tapa. Muito abusado. Nunca me interessei mesmo por homens. Sou lésbica, sempre fui.
Mas nunca fui de muitos amores. Tive apenas um grande amor na vida. Nos conhecemos novinhas, aos 16 anos. Foi com ela que fugi de casa aos 18. Compramos um apartamento juntas e fomos tentar uma vida. Foram 15 anos maravilhosos. Além de minha companheira, ela sempre foi uma grande amiga.
O pior dia da minha vida foi quando descobri que ela estava me traindo. Ela me trocou por uma amiga nossa. Passei anos chorando essa perda. Ainda choro, mas não conto para ninguém. Escrevi cartas de amor que nunca enviei e penso como teria sido se tivéssemos continuado juntas.
Mas o tempo passou, hoje somos amigas, grandes amigas. Ela sempre será uma pessoa especial para mim. Também acabei me tornando amiga da esposa dela. Estão sempre presentes em minha vida, apesar dessa dor que ainda carrego dentro de mim, mas que já se abrandou, se transformou.
Nunca amei mais nenhuma outra mulher como ela. Tentei alguns namoros, mas não duraram muito tempo. Minha sobrinha fala para eu tentar encontrar alguém na internet. Não consigo. Quem vai querer se relacionar com uma mulher de 63 anos? Ela diz que tem muita mulher da minha idade com a mesma intenção. Não, não. Eu não quero mais isso. Gosto de morar sozinha, ter o meu canto. Já tenho as minhas manias. Seria muito difícil tentar me adaptar às manias de outra mulher.
Há muito tempo deixei meu emocional de lado. Passei a me preocupar mais com os problemas dos outros. A vida dos outros. Será que minhas irmãs estão bem? E os meus sobrinhos? Tenho que proporcionar tudo para a minha mãe. Não, não há mais espaço no meu coração.
Fiquei muito doente. Acho que negligenciar o meu lado emocional trouxe grandes consequências para o meu corpo. Estão todos os meus entes queridos aqui no hospital. Não posso mais falar, mas consigo olhar as expressões de desespero. Eles sabem que estou indo.
Aquela que foi o meu grande amor também está presente, segurando a minha mão. Sempre foi uma amiga, uma grande amiga. Lágrimas escorreram do meu rosto cansado ao vê-la em prantos apertando forte a minha mão. Segurei mais forte, reforçando que queria tê-la ali por perto.
Ela foi a última pessoa a se despedir. Deu-me um beijo em minha face gelada e disse, por fim, eu te amo.
Minha sobrinha, que escreve agora essas linhas, diz que poucas vezes na vida presenciou um amor tão puro, que transcendesse completamente o desejo carnal. Deve ter sido mesmo bonito de se ver.
Quando chegar a hora dessa minha sobrinha, vou contar outros segredos que ela ainda não sabe. Ela ainda tem dúvidas se realmente existe algo além desses últimos suspiros, mas se eu pudesse, diria para não se preocupar tanto com isso. Há coisas mais importantes. O que posso dizer por agora é: continue a transmitir essas mensagens de amor. Elas serão preciosas para o futuro. O mundo precisa delas.
J.A.G, 4 de fevereiro de 2015.
Tia, nunca a esquecerei. Obrigada por ser essa mulher maravilhosa e por sempre me apoiar em tudo. Sem você, eu não seria quem sou hoje. Te amarei eternamente.
Nossa, Amanda! Linda História, mas ao mesmo tempo muito triste.
Infelizmente os preconceitos, internalizados nas pessoas e nas sociedades como um todo, fomentados durante séculos e até milênios, são capazes de levar pessoas e pessoas a caminhos de dor e sofrimentos, sem ter sequer qualquer tipo de nexo, baseados em motivos que chegam a ir além do cúmulo do absurdo.
Infelizmente Amanda, embora muito já tenha se conquistado no âmbito da livre orientação sexual e muitas barreiras tenham sido postas abaixo ou pelo menos escaladas, a comunidade LGBT ainda vai enfrentar muitas resistências pela frente. Infelizmente, ainda vamos ter de conviver com casos tristes como o citado nesse texto. Acho que mais um século ou mais Amanda, para que o mundo realmente mude para a melhor. Penso que nós não chegaremos a ver, sequer o início, de uma sociedade em que as pessoas se relacionarão afetivo e sexualmente com as outras, não levando em conta o seu sexo biológico, a sua anatomia, e sim, sua personalidade, seu caráter…
Mas continuemos sonhando e caminhando!
Beijão!!!
Obrigada mais uma vez por compartilhar seus sentimentos, Eduardo. Seus comentários são sempre sensíveis e pertinentes.
Espero que a gente consiga, pelo menos um pouquinho, ver o início de uma sociedade em que as pessoas se respeitem mais. É a minha esperança. 🙂
Um grande abraço!
Linda história… O que importa é o amor. É amar e ser amado.
Verdade, Nice. O amor é o que nos salva todos os dias desse mundo insano e desorientado.
Bem, nem sei o que falar. Muito lindo. Muito tocante.
Obrigada, Nanda. Fazer essa homenagem a ela me emociona muito.
Oi Amanda,
Que texto fantástico!!!
As vezes a gente pensa o quanto pode ser dificil ter que lidar com a bissexualidade e com o preconceito, mas não faz ideia de que há alguns anos era mto pior.
Que a estória dela nos sirva de inspiração para sermos gratos.
Abraço.
Diego, obrigada!! Espero que ela sirva de inspiração pra muita gente. Ela viveu em uma época em que era muito mais difícil falar sobre o assunto. E ela também sempre foi muito fechada, o que dificultava ainda mais.
Não está no texto, mas quando descobri que ela era lésbica nem me importei, mas ela ficou constrangida e ficou um tempinho sem falar comigo. Ficou com vergonha. Então escrevi pra ela dizendo que nada iria mudar entre nós. E desde então nos tornamos grandes amigas, além da tia maravilhosa que ela era.
Passar anos chorando por uma perda nessas circunstâncias é algo além da imaginação pra mim. Desperdício de tempo e energia, sem falar que a qualidade de vida vai ladeira abaixo.
É verdade, Alexandra. O sofrimento intenso por muito tempo nos faz mal. Mas ela era mesmo muito sensível e talvez não tenha buscado maneiras para aliviar essa dor.
O importante é que ela conseguiu transformar esse sentimento em uma linda amizade.
Que linda história,sua tia foi uma grande mulher!!
Você foi agraciada por ter convivido com uma pessoa tão maravilhosa!!
Ninha, muito obrigada! 🙂 Sem dúvida, foi um grande presente na minha vida.
Nossa…sem palavras.
Erica, ela é uma dessas pessoas que mudam a sua vida. 🙂
Que linda história! Emocionante!
Que história linda Amanda , fiquei emocionada e tocada ao mesmo tempo com tanto amor, amor de verdade , puro e sincero da parte dela, ela amou a vida toda uma unica pessoa e isso é lindo . Um grande abraço Amanda.
Ela realmente era especial, Mary. E a pessoa que ela amou também era. São pessoas raras e agradeço muito por ter tido o privilégio de conhecê-las. Obrigada pelo comentário. 🙂
Olá Amanda e demais amig@s do blog!
Puxa, eu fico aqui pensando meu anjo. A união da sua tia com outra mulher durou 15 longos anos de amor, amizade e companheirismo. Vindo a acabar devido a um deslize por parte de um momento de fraqueza de sua companheira. Você mesma Amanda, já está a um certo tempo casada com uma mulher. Esses tempos também vi uma reportagem em outro blog, O Lado Bi, que mostrava duas lésbicas que estão há mais de meio século juntas e só foram se casar agora há pouco, lá nos Estados Unidos. Como então que alguns conservadores retrógradas vem na mídia afirmar que não é possível uma união homoafetiva durar anos. O que sinceramente vejo durar pouco, são os casamentos convencionais entre homens e mulheres.
Creio Amanda, que essa sua tia tenha servido de inspiração e força para você mesma assumir-se para si mesma, parte de sua família e amig@s e também de encontrar sua felicidade ao lado de outra mulher.
Fico aqui pensando querida, quem sabe essa minha atração que tem sido somente visual e física sexual, que tenho também por homens, não acabe me fazendo uma surpresa, e surge um cara no meu caminha que me leve a sentir algo a mais por ele, algo afetivo, um…AMOR, igual ao que já sentir por mulheres? Na riqueza de nossa diversidade as coisa podem mudar e nos surpreender!
Beijão nos corações de tod@s!!!
Eduardo, não tenha dúvidas de que é possível sim você se apaixonar por um homem. Essas surpresas da vida são sempre maravilhosas. Espero que você encontre alguém para dividir seus sentimentos em breve, seja homem ou mulher.
Sobre os casamentos, não acho que seja uma questão de sexualidade. Já vi muitos casamentos heterossexuais durarem uma vida inteira também (e não estavam juntos por puro comodismo). O que precisamos acabar é com a ideia de que relações homossexuais são apenas uma “curtição” ou que bissexuais são sempre infiéis. É bem o que você falou: é uma grande mentira afirmar que uma união homoafetiva não pode ser duradoura. É mais uma maneira de tentar disseminar o ódio contra o grupo LGBT, infelizmente.
Com certeza, minha tia sempre será uma inspiração.
Grande abraço, Eduardo.
Muito linda e comovente historia.Eu que ja passei do 50 me identifiquei com ela qdo ela diz;”Nunca me interessei mesmo por homens.Sou lesbica, sempre fui”.Eu nunca me interessei por mulheres e nem mesmo beijar uma mulher, eu beijei, e com isso sou discriminado ate mesmo no meio LGBT que acham um absurdo eu nunca ter me relacionado com uma mulher, dizem que eu sou uma pessoa que não me permiti e não me permito viver a vida, outros dizem que eu devo ser misógino, e qto mais eu tento explicar que não é nada disso, menos entendem.Ai fico entristecido e penso sozinho comigo mesmo: Será que seriam tao rudes assim com um homem hetero que diz não sentir nada por homens? Nem mesmo dizer que “sou gay, sempre fui” eu posso, pq ja me falaram que gay não significa “gostar” so de homens, mas de mulheres, travestis, trans etc.A verdade é que sempre fui homossexual, nunca me senti atraído por mulheres, e não é pq eu as odeio, que ideia sem sentido! É apenas a minha natureza, e nem mesmo o pessoal LGBT entende isso.Peço desculpas pelo desabafo, e agradeço pela linda historia de sua tia.
Tarcisio, obrigada por compartilhar essa parte da sua história. Fiquei triste em saber que você é discriminado por nunca ter “experimentado” beijar uma mulher. E o que me choca ainda mais é saber que muitas dessas críticas partem de pessoas gays e bissexuais. Não peça desculpas pelo seu desabafo nunca. Esse é um espaço voltado exatamente para isso. Sinta-se sempre à vontade para se expressar.
Fico feliz que você tenha orgulho da sua natureza e não se deixe levar pela opinião alheia.
Abs
Acompanho seu blog há alguns meses e sempre me emociono com os textos e depoimentos, porém este da sua tia foi incrivelmente sensível.
Parabéns por sua iniciativa de desenvolver um espaço com ótimo conteúdo e inteligentes conversas.
Muito sucesso e vida longa ao seu Blog, por favor continue postando esses maravilhosos e emocionantes textos.
Um afetuoso abraço!!!
Joyce, nossa, você não tem ideia de quanto esse seu comentário me deixa feliz. Obrigada de verdade. Espero que continue gostando e também compartilhe suas histórias por aqui.
Um forte abraço! 🙂
Nossa, que linda história! Sou apaixonada por histórias de vida, porque elas têm algo de belo e precioso, que é singularidade de cada um, é uma riqueza… E essa não é diferente. A vida, a luta dela me fortalece na minha luta pessoal pela igualdade entre as pessoas, pelo amor, pela paz, pelo ser humano.
Amanda, obrigada por compartilhar essa história e tantas outras que ajudam a mim e a muitos. Esse texto me faz perceber também que nada é por acaso, como a sua tia ajudou vc a se construir a mulher que vc é, o seu caráter, seus ideais, esse blog… Enfim, o post não fala só da sua tia, mas fala muito de você e também de cada um de nós. É assim que eu vejo…
Que possamos fazer a nossa parte de modo que as gerações futuras vivam em um mundo com menos preconceito, como apesar de tudo essa mulher pôde ver na geração atual.
Abraços!
Emily, obrigada!! 🙂 Você expressou muito bem o significado dela para mim. A vida dela fala muito sobre mim. Ela construiu uma parte importante da minha história, dos meus valores, do meu caráter. E por isso só tenho a agradecer sempre.
Como você disse muito bem, vamos fazer a nossa parte para que as gerações futuras vivam com menos preconceito e mais respeito. Tenho me deparado com histórias muito dolorosas. Precisamos de força para aliviar essas dores, pelo menos um pouquinho.
Um grande abraço, Emily!
Simplesmente linda essa história!!
Convivi a muitos anos atrás,quando ainda era garota com um casal de mulheres,ela era afilhada da minha mãe. E lembro das pessoas comentando com minha mãe,como admitia na sua casa duas “sapatões”, era esse o termo.
Aprendi desde de cedo a ter respeito pelas diferenças.E acho dignas de toda minha admiração!Queria ter pelo menos um pouco dessa coragem,que bom que vc teve o privilégio de conviver com alguém tão especial.
ABS!!
Nena, é muito triste como o termo “sapatão” foi utilizado por muito tempo para ridicularizar as lésbicas, não é? Lembro que eu sofria bullying quando pequena. Como eu gostava de jogar futebol e me vestia como os meninos, me chamavam exatamente assim também. Era muito doloroso. E olha que naquela época eu nem tinha me dado conta de que gostava de mulheres. Isso aconteceu bem mais tarde.
E foi a minha tia e os valores de minha mãe que me fizeram respeitar também as diferenças desde cedo.
Obrigada pelo comentário, Nena!
Beijos!
Difícil não se emocionar. Essa história me lembrou muito uma tia minha, que também ja se foi, mais foi muita importante pra mim. Pessoas assim ficam pra sempre dentro de nós. Linda história!
Dri, obrigada! Fico feliz que você também tenha lembrado da sua tia. É muito bom ter essas lembranças maravilhosas, não é? São lições valiosas. 🙂
É, ela era aquela pessoa que, mesmo que soubesse da minha bissexualidade não me julgaria, muito pelo contrário, me apoiaria em tudo. Talvez a única pessoa da minha vida a fazer isso. Nossa que saudade…
Amanda,
que texto belíssimo, sensível, profundo… nem tem o que dizer. Revela além de tudo uma relação de extrema cumplicidade entre sobrinha e tia, dessas coisas que não precisam passar pelas palavras.
obrigada por compartilhar algo tão íntimo e pessoal.
Lua
Lua, verdade. Foi difícil traduzir em palavras como era a nossa relação. Tantas coisas para dizer…
Fico feliz que tenha gostado! 🙂
Beijos!
Fiquei muito emocionada, Amanda. Se reler hoje, choro de novo. então vou deixar pra daqui um tempo. Algumas características da história me remetem ao que foi, poderia ter sido ou ainda será de uma outra história, embora cada vida seja única.
um beijo
Assim,,,
Quero viver vários amores…….quantos forem necessários….
Mas achei lindo o post.
Glacia, acho que vale muito a pena viver vários amores mesmo. 🙂 Espero que seja muito feliz nas suas experiências.
Beijos e obrigada!
Linda e triste história… sou casada com um homem maravilhoso que sabe da minha bissexualidade, mas não sei se teria coragem de assumir uma relação homoafetiva… admiro quem se permite amar livremente!
Aos poucos as mentes vão se abrindo, resta uma esperança pra humanidade e que seja respeitada toda e qualquer forma de AMOR!!!
Verdade, Samantha. Aos poucos as mentes vão se abrindo. 🙂 E fico feliz por você ser casada com um homem maravilhoso!
Bela História!!! Emocionante…sem palavras *)
Obrigada, Dimitria! 🙂 Bjs
Oi Amanda =)
Como estás?
Já há algum tempo que tava sumida mas voltei ehehe. ( Sou a Joana portuguesa, n sei se há mais aqui mas enfim).
Bem que linda essa carta e triste também. Até me emocionou!
Obrigada pelos teus posts, sempre tão bons!
Joana, quanto tempo! Lógico que lembro de você. Que bom te ver por aqui novamente. Espero que continue aproveitando o espaço e compartilhe as suas novidades.
Quando puder, conte um pouco o que vem acontecendo na sua vida.
Grande abraço! 🙂
Minha vó ajudou a minha mãe a cuidar de mim desde de pitititinha, pois nós morávamos perto da casa dela, então eu cresci como se tivesse duas mães, e claro, eu curtia muito minha vó. Entretanto, quando minha vó descobriu que eu estava namorando uma garota, ela disse: Ah, mas minha filha é muito boba, devia era expulsar “aquela” menina de casa, se fosse filha minha eu não aceitava, está envergonhando a família, etc. Eu fiquei muito chateada da minha vó não me aceitar e ainda mandar minha mãe me expulsar de casa. Por causa disso eu fiquei quase dois anos sem ir na casa dela, até que no dia 28/06/15 ligaram aqui em casa dizendo que ela estava muito doente no hospital, então quando foi no dia 03/07/2015 eu fui no hospital da cidade dela para visitá -la, mas quando cheguei lá, recebi a notícia que ela tinha morrido na madrugada do dia 02/07/15. E foi assim, que minha vó partiu, sem meu Adeus e sem eu dizer a ela que eu a amava e muito, e eu sinto muito por isso. Que bom que você manteve um relacionamento de amizade com sua tia e esteve com ela durante a vida e durante a morte. De certa forma teve um final feliz.
Madrugada do dia 03/07/2015