Dados do Ministério da Saúde avaliados pela Voz da Diversidade indicam que foram realizados 527 procedimentos “transexualizadores” de 2014 a 2022 no Brasil.
A redesignação sexual no sexo masculino foi o procedimento mais realizado no período. Foram feitas 223 redesignações (42,3%) e a com menor incidência é a redesignação sexual no sexo feminino, com apenas 8 procedimentos (1,5%).
Faixa etária
A maior parte dos transexuais que realizam os procedimentos têm entre 31 e 40 anos, seguido pela faixa etária entre 21 e 30 anos. Apenas duas pessoas com mais de 60 anos realizaram cirurgia no período entre 2014 e 2022.
Estados
O estado de Pernambuco (27,1%), localizado na região Nordeste do País, é o que mais realizou cirurgias em transexuais no período entre 2014 e 2022, seguido por Rio Grande do Sul (24,9%) e São Paulo (23,3%).
Hospitais
Foram seis hospitais que realizaram os procedimentos em transexuais no SUS.
- Hospital das Clínicas – São Paulo
- Hospital das Clínicas – Goiás
- Hospital das Clínicas – Pernambuco
- Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes Hucam – Espírito Santo
- UERJ Hospital Universitário Pedro Ernesto – Rio de Janeiro
- Hospital das Clínicas – Rio Grande do Sul
Período dos procedimentos
O ano de 2019 é onde mais foram feitos procedimentos de transexualidade (111), seguido de 2018 e 2017. Os últimos 3 anos tiveram uma redução no número de cirurgias, segundo dados do Ministério da
ANO | PROCEDIMENTOS |
2014 | 24 |
2015 | 53 |
2016 | 62 |
2017 | 81 |
2018 | 96 |
2019 | 111 |
2020 | 38 |
2021 | 38 |
2022 | 24 |
Para mim, me parece um forte componente psicológico na decisão: mesmo a maternidade protelada, mas o chamado período fértil ele se mantém e os casamentos vão ocorrendo no intervalo de 25/30 anos, geralmente! Não por acaso, a cirurgia no intervalo dos 31/40 anos de idade, ser aonde ocorreu mais: os que não casaram começam mais a viver a Bissexualidade e Homossexualidade. E na década de 90, em que cursei a Faculdade, o professor aos 31 anos, noivo, me paquerava; numa turma de quase 50 alunos, quem fosse mais atento (na época duas colegas) percebia! Numa situação dessas, ambos cisgeneros é que presumo, pode ocorrer o chamado conflito de gênero, quando o que é paquerado pode se questionar como se relacionarem e, se quiser ter uma postura passiva o que uma voz grossa e pelos, poderia interferir! Tive um colega que viveu isso (sendo cis) e ao começar o consumo hormonal e até adotando nome social, ficava pensativo ao encontrar um cisgenero, onde presumo que percebeu o que outrora foi cantado: “meu lado feminino não interfere no meu lado masculino”!